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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Os Linhos da Avó, Rosa Lobato de Faria





"(...) tinha a expressão que as mortas prematuras costumam ter nas fotografias. Um ar etéreo, parado no tempo, quase sorrindo (...)"

“Não podem revelar o que lhes vai no pensamento. Por isso sorriem, tocam-se e fazem amor. Só os corpos falam verdade.”

“Eram de paixão as nossas noites por vezes de temporal os nossos dias.”

“(…) ela não ama e não sabe o que é amor. Ser amada não lhe ensinou o que é amar.”

“Senti os mamilos eretos, húmida a gruta dos nossos segredos.”

“É a rotina do costume e isso não é excitante, nem subtil, nem perverso.”

“É bom ficar nesse cais entre o sonho e o dia, nessa paz crepuscular onde todo o erotismo é possível, entre o prazer do sono e a sonolência do prazer.”

“(…) a boca entreaberta a perguntar à língua de que sabores se lembra (…)”

“Apetece um espelho e a certeza de que a vida está lá (…)”

"Sou feita da matéria dos sonhos, das miragens, dos poemas, das neblinas, das ficções."

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